O autoconhecimento pode ajudar nos relacionamentos amorosos?

Professor! Eu estou aqui porque quero ajudar todo mundo! – Disse a Giulia*, em um dos primeiros momentos da Formação aqui em Balneário Camboriú.

Bem, eu já sou “macaco velho” para saber que quando uma pessoa está assim, desesperada para “salvar o mundo”, na verdade, ela está gritando para ser salva. É claro que eu respeito o caminho e a escolha de cada um e não fico cutucando ou dando palpite.

Só que durante as aulas é inevitável que certas dores sejam vistas, principalmente porque o sofrimento humano é muito semelhante e ao mexer na dor de alguém é inevitável que eu revire algo dentro de mim.

E com a Giulia não seria diferente.

Mamãe e Papai

Em uma das dinâmicas feitas em sala de aula, a Giulia toma conta de uma sensação estranha no peito, uma sensação que lhe acompanhava há anos e que durante muito tempo conseguiu esconder: uma profunda raiva da mamãe.

A mamãe não era uma pessoa má. Pelo contrário, foi uma mãe muito boa, assim como o papai.

Papai era lindo, amoroso e, todos os dias botava a pequena Giulia para dormir com historinhas de sapos e princesas.

Mas parecia que a mamãe não achava o papai tão lindo assim. Eles brigavam muito, por anos e anos, até que um dia, a Giulia acordou e papai não estava mais ali.

– Não é culpa sua, é coisa dos adultos, e um dia você vai entender. – Disse a mamãe, com um largo sorriso, ao mesmo tempo que seca as lágrimas.

O mesmo sorrisinho

Décadas depois, a Giulia percebe que usa o mesmo sorriso, o tempo todo!

Como a mamãe, ela aprendeu a mascarar a dor, a usar uma máscara de pureza para tentar enganar o sofrimento ou as pessoas a sua volta. Mas essa máscara é pesada e está, olhem: acabando com o seu casamento também.

E ela não quer isso. Ela não quer que seu filhinho cresça vendo os pais brigando ou em lares separados. Ela sente que ainda ama o marido, mas não sabe como fazer diferente.

Por sorte, ela está em um ambiente seguro, e logo fará uma terapia que vai revolucionar sua vida.

Continua…

Para não ficar uma história muito comprida, na próxima semana enviarei a continuação, onde você saberá o que é que aconteceu na terapia da Giulia e qual foi o impacto em sua vida.

*Nome alterado para respeitar sua identidade.

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